Neuschwabenland ainda está indicada nos mapas atuais
O que se esconde atrás desta lenda e como os alemães vieram a possuir esta colônia, que é quase o dobro do tamanho da atual Alemanha? Qual o mistério que envolve este território sobre o qual pouco ou absolutamente nada se ouve na imprensa?
O início da exploração alemã da Antártida nos remete ao ano de 1873, quando a Sociedade Alemã de Pesquisa Polar envia Eduard Dallmann para as águas geladas da Antártida. Dallmann descobre com seu navio "Grönland" - o primeiro vapor em águas polares - inúmeras novas regiões, entre outras, a ilha Kaiser Wilhelm. Esta expedição foi uma das tantas outras expedições alemãs no hemisfério sul, dentre as quais podemos citar as mais importantes: em 1910 sob o comando de Wilhelm Fichtner com o navio "Deutschland" e em 1925 sob o comando de Dr. Albert Merz com o navio "Meteor".
Sob o governo Nacional-Socialista, reconheceu-se rapidamente a importância deste território afastado e ficou decidido anexar este grande território, tomando-o como propriedade alemã. Ocorreu então, em 1938, a maior expedição alemã rumo à Antártida, sob o comando do capitão Alfred Ritscher. O navio "Schwabenland", que foi preparado para esta expedição ao custo de um milhão de Reichsmark, deixou o porto de Hamburg uma semana antes do natal de 1938 e chegou nas águas geladas do pólo sul em 19 de janeiro de 1939.
Para a exploração do território, os alemães utilizaram dois hidroaviões pesados, o "Boreas" e o "Passat", os quais eram lançados através de catapultas a vapor, diretamente do convés do "Schwabenland". Eles sobrevoaram uma região de cerca de 600.000 km², documentaram os vôos de reconhecimento com quase 11.000 fotos e jogaram bóias sinalizadoras com bandeiras do Império alemão, consolidando assim a posse do território. Este método era aceito internacionalmente naquela época.
No meio de fevereiro, o navio retornou à Pátria. Os preparativos para uma próxima expedição civil tiveram que ser cancelados logo após a eclosão da guerra.
No Tratado da Antártida de 1957, a Noruega pleiteou o direito sobre o território e renomeou-o com denominações geográficas segundo suas próprias diretivas. Se os novos nomes noruegueses conseguiram se estabelecer, reconhece-se com uma olhadela sobre um mapa atual da região. Lá encontra-se até hoje, em sua grande maioria, os nomes alemães, às vezes também nas duas línguas.
O final da pesquisa civil não significou o final das expedições alemãs na Antártida. Nos anos de 1940 até 1943, o Império alemão continuou com operações militares em Neuschwabenland e iniciou em 1942/1943 a construção da famosa base 211 - uma fortaleza alemã no gelo. Quando as tropas aliadas já se encontravam em solo alemão, na Europa central, intensificou-se a locomoção de materiais de alta tecnologia, documentos secretos e importantes pessoas para a base 211 e para uma outra localidade secreta nos Andes sul-americanos. Aqui o Império deveria continuar caso a velha Pátria caísse. Os submarinos utilizados (mais de 100) são declarados até hoje como "desaparecidos". Em todo o mundo e também na Alemanha "libertada", não se tinha a menor idéia desta base secreta - até que em 1947 algo aconteceu.
Em 27 de janeiro de 1947, uma "expedição" americana chegou em Neuschwabenland. A "Operação Highjump" foi comandada pelo famoso piloto dos pólos, Almirante Byrd. O objetivo: destruir a última base nacional-socialista do mundo, a base alemã 211 na Antártida. De seis até oito meses foram calculados pelos americanos para esta última batalha da Segunda Guerra Mundial, porém, foram somente três semanas. Já nos primeiros vôos de reconhecimento, vários aviões foram perdidos, a expedição teve de ser cancelada e terminou em um retirada incondicional. Ao almirante Byrd foi destinado o silêncio permanente, até hoje desconhece-se a versão oficial, por que e de quem os americanos tiveram de se retirar. Rumores sobre uma alta tecnologia dos alemães tomaram conta dos noticiários.
Não obstante, o almirante retorna novamente, mas desta vez melhor preparado. Em 1955 chega à região uma força-tarefa russo-americana sob seu comando, com 12 navios, 3.000 homens, 200 aviões e 300 veículos e instalam inicialmente diversas bases para então preparar o ataque final. No final do verão de 1958, os EUA detonam pelo menos duas bombas atômicas, as quais também são responsáveis pelo buraco de ozônio sobre a Antártida. Wilhelm Landig, o ex-membro da SS morto em 1988, envolvido nos assuntos secretos do Império alemão e autor do livro "Wolfzeit und Thule", relatou em um vídeo publicado após sua morte, que este ataque também não teve resultado, mas que a base foi fechada nos anos 60 e transferida para a América do Sul.
Até hoje permanecem fortes rumores sobre este "Terceiro Poder", os descendentes desta elite trazidas em segurança pelos alemães ao final da guerra. Legendas sobre aeronaves desconhecidas com a simbologia do Terceiro Reich, cuja veracidade é supostamente documentada através de fotos e documentos secretos, e sobre as quais sérios jornais militares dedicaram vários artigos. Na atual supostamente esquecida Neuschwabenland existe desde 1981 uma estação de pesquisa alemã (Estação Neumayer). O que permanece hoje são inúmeras perguntas não respondidas e o mito do mistério ainda a ser desvendado.